Coreografado com movimentos expressivos de inspiração africana, o grupo de dança sergipano Yaônilé nasceu da necessidade de fortalecer a luta do movimento negro com o incentivo, preservação e valorização da cultura através da música, da dança e da indumentária afro.
“Queremos que o público, ao olhar o nosso trabalho, o bailar dos pés, o balançar das saias, os sorrisos, possa reconhecer a gênese do povo brasileiro, os acordes que deram o tom para a história musical deste país, os temperos que tornaram nossa culinária tão saborosa e, principalmente, que deem os méritos ao povo africano e ao seu suor, sem o qual, não seríamos quem hoje somos”, explica o diretor e também coreógrafo do grupo, Danilo Aguiar.
Com 27 componentes, o grupo se prepara para as apresentações com a montagem do Espetáculo ‘Gira – O Movimento da Aruanda’. “Esse espetáculo foi apresentado em caráter experimental em novembro do ano passado. Este ano, estamos remodelando figurinos, cenários e coreografias com surpresas que somente poderão ser vistas em sua estréia”, ressalta o coreógrafo.
Danilo coloca ainda que além do resgate a cultura afro, as expressões artísticas desenvolvidas são atividades sócio-educativas. “A dança e a música têm a capacidade de encantar os jovens e isso acaba afastando-os do envolvimento com drogas e violência. Aliar educação, cultura e arte é a fórmula certeira que o Yaônilé tem usado para pautar sua relação consigo mesmo e com o público.”, declara.
Os ensaios acontecem no Teatro Lourival Batista, a partir das 14h, e envolvem ainda rodas de discussão e orientação. “Não é apenas um grupo de dança, é um grupo com o propósito de conhecer mais a cultura afro. Para isso, fazemos pesquisas e estudamos sobre o tema”, comenta a dançarina do Yaônilé, Inês Reis, que há quatro meses faz parte do grupo.
Programação
As apresentações não seguem um roteiro de eventos específicos, mas no dia três de Junho o Yaônilé se apresenta na Universidade Tiradentes; no dia 29, na Universidade Federal de Sergipe e em julho na cidade de Itabaiana.
A representação das tradições afros através da dança: isso é a mais pura demonstração e resgate da cultura negra.
ResponderExcluirBruno Silva.
Acho importantíssimo a UNIT dar esse apoio a cultura afro, pois por ser atrelada ao candomblé ela acaba ficando escondida nos terreiros. Poder mostrar o trabalho para outros meios é divino.
ResponderExcluirLetícia Gomes