domingo, 30 de maio de 2010

Filarmônica Nossa Senhora da Conceição: séculos de amor à música.

Por Danielle Menezes

Foto: Divulgação

A Sociedade Filarmônica Nossa Senhora da Conceição existe há mais de 2 séculos e nessa trajetória vem contribuindo de forma expressiva na cidade de Itabaiana, interior de Sergipe e na cultura de nosso estado. Atualmente é dividida em grupos:quinteto de cordas da FNSC, Escola de Música, Coral Infantil da FNSC, Banda Jovem, Banda Sinfônica, Orquestra Preparatória de Itabaiana, Orquestra Sinfônica de Itabaiana, Coro Filarmônico Maria da Conceição e Orquestra Sinfônica Jovem de Moita Bonita.
Mantida e apoiada por grandes empresas privadas e premiada e 2007 com o programa de apoio a orquestras do Ministério da Cultura, a Filarmônica exerce um papel sócio-cultural muito interessante pois introduz a música erudita, os instrumentos musicais à toda população desde crianças até os adultos e idosos. Para o presidente, Rômulo de Oliveira é gratificante esse tipo de trabalho e ele acrescenta que quanto mais as pessoas são estimuladas, mais se apaixonam pela música.
Foto: Divulgação

Os ensaios acontecem de segunda à sábado no teatro da UFS de Itabaiana, no Instituto de Música Maestro João de Matos(Colégio Estadual Murilo Braga em Itabaiana) e no auditório da filarmônica. Além disso na sede da Filarmônica que fica na praça Fausto Cardoso, nº 40 em Itabaiana, são ministradas aulas de música nas respectivas divisões:teoria, violino, viola, violoncelo, contra-baixo, trompa, tuba, trompete, trombone,clarinete, sax,oboé, fagote e flautas.
Site oficial: www.filarmonicansc.art.br
Vídeo da orquestra tocando "Aquarela do Brasil:" http://www.youtube.com/watch?v=w_jrd9rU9mY

Grupo de dança sergipano contribui para valorização da cultura afro

Yaônilé em apresentação no teatro da Unit

Coreografado com movimentos expressivos de inspiração africana, o grupo de dança sergipano Yaônilé nasceu da necessidade de fortalecer a luta do movimento negro com o incentivo, preservação e valorização da cultura através da música, da dança e da indumentária afro.

“Queremos que o público, ao olhar o nosso trabalho, o bailar dos pés, o balançar das saias, os sorrisos, possa reconhecer a gênese do povo brasileiro, os acordes que deram o tom para a história musical deste país, os temperos que tornaram nossa culinária tão saborosa e, principalmente, que deem os méritos ao povo africano e ao seu suor, sem o qual, não seríamos quem hoje somos”, explica o diretor e também coreógrafo do grupo, Danilo Aguiar.

Com 27 componentes, o grupo se prepara para as apresentações com a montagem do Espetáculo ‘Gira – O Movimento da Aruanda’. “Esse espetáculo foi apresentado em caráter experimental em novembro do ano passado. Este ano, estamos remodelando figurinos, cenários e coreografias com surpresas que somente poderão ser vistas em sua estréia”, ressalta o coreógrafo.

Danilo coloca ainda que além do resgate a cultura afro, as expressões artísticas desenvolvidas são atividades sócio-educativas. “A dança e a música têm a capacidade de encantar os jovens e isso acaba afastando-os do envolvimento com drogas e violência. Aliar educação, cultura e arte é a fórmula certeira que o Yaônilé tem usado para pautar sua relação consigo mesmo e com o público.”, declara.

Os ensaios acontecem no Teatro Lourival Batista, a partir das 14h, e envolvem ainda rodas de discussão e orientação. “Não é apenas um grupo de dança, é um grupo com o propósito de conhecer mais a cultura afro. Para isso, fazemos pesquisas e estudamos sobre o tema”, comenta a dançarina do Yaônilé, Inês Reis, que há quatro meses faz parte do grupo.

Programação

As apresentações não seguem um roteiro de eventos específicos, mas no dia três de Junho o Yaônilé se apresenta na Universidade Tiradentes; no dia 29, na Universidade Federal de Sergipe e em julho na cidade de Itabaiana.

Por Poliana Cerqueira

sábado, 29 de maio de 2010

Projeto ‘Amor, cultura e tradição- 100 anos de Rua São João’ incentiva festejos juninos


Em comemoração ao Centenário da Rua São João, localizada no Bairro Santo Antônio, o Centro Cultural São João de Deus realiza, em parceria com a Agência Master, a abertura oficial dos festejos juninos no dia 31 de maio, a partir das 19h. O evento faz parte do projeto ‘Amor, cultura e tradição - 100 anos de Rua São João’ criado pela comissão especial que visa resgatar a cultura da localidade.

A festa inicia com apresentação de quadrilha, forró pé-de-serra e a meia noite, ocorre a tradicional troca do mastro, um ritual em que os participantes levantam um tronco de árvore, e este somente pode ser retirado no próximo ano para ser substituído por outro.

De acordo com o assessor de comunicação da comissão especial, Thiago Cardoso, esse projeto surge para reorganizar a festa da Rua São João. “Além de revitalizar a festa no local, queremos que ela ganhe fôlego para os anos seguintes. Dessa forma, assumimos um compromisso com a cultura popular e estamos também fazendo uma campanha voltada para a valorização da comunidade porque sem ela, a rua não existiria”, ressalta.

O evento conta ainda com uma programação diversificada durante o mês junino. “Teremos um concurso de música para eleger o tema do centenário, além da volta do concurso de quadrilha com inicio no dia 1° e término no dia 11. Já no dia 13, teremos a procissão de Santo Antonio. Retornaremos dia 24 com o casamento caipira e o cortejo pelos bairros da cidade, com cavalos, carroças, cavaleiros e a noiva”, explica o integrante da comissão, Neuton dos santos.


Comissão

A comissão especial foi instaurada pelo Ministério Público no dia 15 de abril e vai até o dia 31 de junho de 2010. Criada com o intuito de reorganizar a festa do Centenário e as eleições que acontecem dia 29 de agosto desse ano, a comissão conta com cinco integrantes: Presidente: Aldemário Calazans Costa; 1º Tesoureiro: Arnaldo Magalhães; 2º Tesoureiro: Rosângela Goís dos Santos; Membros da Comissão: Jomara Rubia Oliveira Santana e José Neuton dos Santos.

Por Poliana Cerqueira

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dança do ventre e um pouco de história



A dança do ventre surgiu entre os séculos 7.000 e 5.000 A.C. Praticada pelas civilizações: Suméria, Acádia, Babilônica e Egípcia, era realizada somente dentro de templos religiosos, e considerada um elo de ligação entre a Deusa e mortais. O ensino da dança do ventre vinha seguido de uma educação religiosa que era parte da formação da sacerdotisa que devotaria sua vida a deusa mãe.
A popularização da dança do ventre e o esquecimento de sua ligação com elemento sagrado e ritualístico ocorreu juntamente com as primeiras tentativas dos Faraós, reis e chefes de estado de igualar poderes com os deuses trazendo assim à dança do ventre para dentro dos palácios. Depois disso a dança foi levada às ruas, sendo inicialmente agregada a rituais de celebração popular.
Apesar de ser uma dança de tradição e de origem árabe, pode-se encontrar espaços que aqui em Sergipe voltados para esse estilo. A Cia de Danças Maíra Magno, por exemplo, dedica suas apresentações as danças folclóricas desse povo. São utilizados pandeiros, snujes, jarro e bastão, mais ligados as danças folclóricas, mas existem outros como véus, espadas ou candelabros.

Apesar da popularização da dança, a psicóloga, Elis Leide Rocha que está na Cia de Danças Árabes Maíra Magno há dois anos, acredita que há pouco incentivo às apresentações desse tipo de dança em Sergipe. “Ainda não é valorizada como produção cultural. A maioria dos grupos que conheço se sustenta apenas pelo amor a dança, chegam a pagar para dançar, pois não tem nenhum apoio”, opinou.
Conheça Dabka: dança folclórica de origem beduína, interpretado pela coreógrafa Maíra Magno em http://www.youtube.com/watch?v=9tiFrzISe1w

Por Viviane Cavalcante
Imagem: site academia harmonia em http://migre.me/JDPF

domingo, 23 de maio de 2010

Cordel: A literatura popular

Por Danielle Menezes

Foto: Danielle Menezes. " Seu Zé Antonio em seu stand, na Orla de Atalaia"

Passando pelo Centro de Arte e Cultura J.Inácio que fica na orla de Atalaia vi uma barraca de cordel que me chamou atenção. Era Seu Zé Antonio e seus cordéis!

Há mais de dois anos ele vende os livrinhos dos mais variados temas:desde medicina popular até a história do presidente passando até por contos sobre comunicação. É, os trabalhos do Seu Zé Antonio já foram até tema de monografias nas áreas de comunicação e de letras.

Nascido num povoado de Moita Bonita, Seu Zé se tornou professor de história além de cordelista. Já publicou mais de 60 cordéis e os que se destacam são: A história comentada da literatura brasileira, A história do Velho Chico no reino da natureza, A súplica do Velho Chico e Lampião: o rei do sertão. Segundo ele " O cordel passou a ser a minha vida". E todo seu talento foi reconhecido em 2005, quando foi contemplado pelo programa BNB de cultura. Atualmente além de vender seus contos, Seu Zé ministra aulas de história além de palestras e oficinas de literatura em escolas da rede pública e particular de ensino.
Foto: Danielle Menezes. " Cordel: A história da comunicação na evolução do homem"


Trecho do cordel " A história da comunicação na evolução do homem" :

"Já é século XXI
Era do Computador
Fibra ótica, celular
E debilóide doutor
De irradiação atômica
Da vida, exterminador.

Anda igual o pensamento
Hoje a comunicação
No mercado de trabalho
Do rádio e da televisão
Do jornal e da revista
Computadorização.

Na era do computador
O rádio e a televisão
Para informar o povo
Fora sua opinião
Porém, leva muita gente
A grande alienação.

O mercado de trabalho
Não é nada promissor
Poucos fazem o trabalho
Mexendo o computador
Também é muito explorado
Nosso comunicador."
(Zé Antonio)




sábado, 22 de maio de 2010

Pelas ruas da Havana Velha



A cidade de Havana, capital de Cuba, é dividida em duas partes, a cidade moderna, com prédios novos, e Havana Velha, registrada pelo fotógrafo José Aquino em suas viagens a capital cubana.
Parte do seu “diário fotográfico” pode ser conferida na Galeria de Arte Álvaro Santos até a próxima terça-feira, 25/5. Com o tema “Pelas ruas de Havana” as fotos demonstram simplicidade e espontaneidade. A exposição nos remete a algo preso ao passado, a pouca modernidade.
Os carros são velhos e a arquitetura dessa parte da cidade lembra prédios de séculos passados, mas só que mal cuidados e sem perspectiva de reformas. Características ligadas ao nacionalismo e restrição de produtos ou cultura estrangeira. Famosa pela qualidade na educação e nos esportes, os governantes de Cuba privaram seu povo do contato com o resto do mundo.
A mescla de fotos coloridas com preto e branco feito pelo autor dá um ar de contemporaneidade à exposição. São pessoas nas ruas, mostrando sua verdadeira face e outras pousando para o fotógrafo o que “destoa” da composição das outras fotos.
Traços da cultura são representados pelos coco taxi, bicicletas adaptadas e incrementadas e o ícone desse povo, Che Guevara nas fachadas dos prédios. O fotógrafo segue a linha do “verticalismo” nas fotos, principalmente quando ele refere-se a prédios.

Fotos de Havana em:
http://www.portaldasviagens.com/forum/f56/fotos-de-cuba-havana-3612/

Texto e foto de Viviane Cavalcante

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Centenário sem comemoração


Apresentações de trios pé-de-serra, quadrilhas juninas, missa campal e casamento caipira, eram itens obrigatórios nos festejos juninos da rua São João, localizada no bairro Santo Antonio, Aracaju. Conhecida nacionalmente pela tradição junina, o local está em decadência. Esse ano, a rua completou cem anos de existência, no dia de 10/5, mas, sem comemorações.

O presidente da quadrilha Assum Preto, Cleudo Albuquerque lamenta o fato de esses grupos estarem cada vez mais se acabando. “A maiorias das pessoas não está ligando para a decadência dessa festa”, reclamou. De acordo com ele, a situação das quadrilhas está próxima com que aconteceu com os carnavais de rua de Sergipe. “Agora é que um grupo de pessoas que está tentando resgatar essa festa, mas é mais fácil incentivar do que renascer a tradição”, concluiu.

Já a dona de casa, Maria Amozita, lembra com carinho da época em que curtia as comemorações na rua. “No dia dos noivos as pessoas apareciam de cavalo enfeitado na rua, e eu ficava no meio dos animais para ver de perto toda a movimentação da cerimônia de casamento matuto, hoje é que não tem mais nada né?”, relatou.

O ex-presidente do Centro Social e Cultural São João de Deus, Antonio Soares, o “Seu Antônio”, lembrou que desde o ano de 2007 a festa não acontece. “Espero que o Ministério Público resolva essa questão da rua e coloque pessoas que realmente estejam interessadas em promover a festa novamente”, disse.
Apresentação da quadrilha junina Assum Preto:http://www.youtube.com/watch?v=Ws6rpbABBDI
Por Viviane Cavalcante